Líder do PL Reage à Condenação de Zambelli: “O Plenário é Quem Cassa o Mandato Dela, Não o STF”

16 de maio de 2025

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Sóstenes Cavalcante afirma que partido atuará para evitar perda de mandato de Carla Zambelli após decisão do Supremo

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, afirmou nesta quinta-feira (15) que o partido vai atuar para impedir a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), após ela ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“O plenário é quem cassa o mandato dela, não o STF. Vamos trabalhar ao máximo para que ela não seja cassada. É pura perseguição à mulher mais votada na última eleição. Vou ajudá-la com certeza”, declarou Cavalcante em entrevista.

Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram condenados pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli teria orientado Delgatti a inserir documentos falsos nos sistemas do CNJ, incluindo um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a acusação, o objetivo era colocar em dúvida a legitimidade da Justiça brasileira e fomentar manifestações contra as instituições republicanas.

Condenação pode levar à perda de mandato e inelegibilidade

Caso a condenação de Carla Zambelli seja mantida após os recursos legais, a Câmara dos Deputados deverá deliberar sobre a perda de seu mandato. Além disso, a decisão do STF pode tornar a deputada inelegível, conforme os critérios estabelecidos pela Lei da Ficha Limpa.

Moraes: “Instigadora e mandante”

Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que Zambelli atuou como “instigadora” e “mandante” dos crimes cometidos por Delgatti, caracterizando a conduta como uma “afronta direta à dignidade da Justiça”, com potencial para comprometer a confiança da sociedade no sistema judiciário.

A PGR reforçou que os atos praticados ultrapassam o âmbito pessoal e colocam em risco a segurança e a integridade do Poder Judiciário, com impacto direto na estabilidade institucional do país.

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