Lula oficializou nesta quarta-feira (30) a nomeação de Gilberto Waller Júnior como novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em meio à crise gerada por um amplo esquema de fraudes na Previdência Social. A decisão foi assinada pelo petista e publicada em edição extra do Diário Oficial da União, com aval da ministra-chefe substituta da Casa Civil, Miriam Belchior.
A nomeação ocorre dias após a deflagração de uma operação da Polícia Federal que expôs um esquema bilionário de desvio de recursos por meio de fraudes em aposentadorias e pensões. A investigação revelou o envolvimento de servidores públicos e entidades de fachada que operavam mediante falsificações, propinas e associações forjadas. O prejuízo estimado ao erário entre 2019 e 2024 é de R$ 6,3 bilhões.
Como consequência imediata da operação, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado do cargo. Além dele, cinco membros da alta cúpula do órgão foram afastados por decisão judicial, enquanto seis pessoas ligadas às entidades fraudulentas foram presas. Entre as irregularidades identificadas, destacam-se os casos em que aposentados foram incluídos sem autorização em associações e tiveram valores descontados diretamente de seus benefícios.
Antes de assumir a presidência do INSS, Gilberto Waller Júnior estava à frente da Corregedoria da Procuradoria-Geral Federal, órgão vinculado à Advocacia-Geral da União (AGU).
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