População revoltada: idosos do Norte e Nordeste são as maiores vítimas do golpe, enquanto autoridades silenciam diante de escândalo que envolve lobistas, empresários e um agente federal
Um novo escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está causando revolta entre brasileiros.
Durante a operação que apura um esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o agente Philipe Roters Coutinho, da Polícia Federal (PF), foi flagrado com US$ 200 mil em espécie. A quantia foi encontrada durante o cumprimento de mandados judiciais.
Roters é acusado de facilitar o acesso a áreas restritas do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde atuava, para o procurador Virgilio Antônio Ribeiro de Oliveira e o empresário Danilo Bernt Trento, ambos investigados por envolvimento no esquema de fraudes.
As investigações revelam que associações estavam cadastrando aposentados sem autorização, usando assinaturas falsificadas para descontar mensalidades diretamente dos benefícios. O prejuízo estimado é de R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024.
Com o avanço das investigações, o agente federal foi afastado de suas funções e teve seus dispositivos eletrônicos apreendidos para análise.
Envolvidos no esquema: de investigados da CPI a lobistas
O empresário Danilo Bernt Trento, já indiciado durante a CPI da Pandemia em 2021, é apontado como integrante de uma organização criminosa especializada em fraudar licitações. Apurações indicam também que Roters utilizava viatura da PF de forma irregular para transportar investigados.
Outro nome em destaque é Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, identificado como lobista e facilitador de repasses e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada.
As viagens suspeitas feitas por Philipe Roters, com passagens compradas de última hora e voos frequentes para Brasília, chamaram ainda mais a atenção das autoridades.
Regiões mais afetadas pelo golpe contra aposentados
As investigações da Polícia Federal revelaram que os maiores prejudicados pela fraude bilionária foram moradores de cidades do interior das regiões Norte e Nordeste. Relatos de aposentados exibidos pela GloboNews destacam o impacto devastador da situação em suas vidas.
As cidades de Ribeiro Gonçalves (PI), Altamira do Maranhão (MA) e Vertente do Lério (PE) estão entre as mais afetadas, com 65% dos beneficiários sofrendo descontos indevidos.
Em Ribeiro Gonçalves, por exemplo, cerca de 65% dos mais de 1,2 mil aposentados e pensionistas enfrentam problemas com os descontos. Outras cidades com índices alarmantes incluem Patos do Piauí (PI) com 63,98%, Fortuna (MA) com 62,92% e Passagem Franca do Piauí (MA) com 61,60% dos beneficiários atingidos, somando mais de 3,7 mil pessoas prejudicadas.
População revoltada: idosos do Norte e Nordeste são as maiores vítimas do golpe, enquanto autoridades silenciam diante de escândalo que envolve lobistas, empresários e um agente federal
Um novo escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está causando revolta entre brasileiros. Durante operação da Polícia Federal que apura um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias, o agente Philipe Roters Coutinho foi flagrado com nada menos que US$ 200 mil em espécie, guardados em casa.
O caso, revelado pela GloboNews e confirmado por fontes da investigação, gerou indignação generalizada nas redes sociais. Internautas acusam omissão das autoridades e questionam o silêncio de parte da mídia e de setores do governo.
Golpe contra idosos escancara falência do sistema
Segundo os investigadores, associações fraudavam o sistema do INSS ao cadastrar aposentados sem autorização, utilizando assinaturas falsificadas para aplicar descontos indevidos nos benefícios mensais. O rombo estimado ultrapassa R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
As principais vítimas? Aposentados humildes de cidades do interior das regiões Norte e Nordeste, onde a dependência do benefício é muitas vezes total. Cidades como Ribeiro Gonçalves (PI) e Altamira do Maranhão (MA) aparecem com mais de 60% dos aposentados prejudicados.
“É um crime contra os mais vulneráveis, e as instituições assistem caladas”, declarou um servidor aposentado de Patos do Piauí.
PF na mira: agente envolvido facilitava acesso a área restrita em aeroporto
O agente federal Philipe Roters, lotado no Aeroporto de Congonhas (SP), é acusado de usar viatura da PF para transportar investigados e de facilitar a entrada em áreas restritas para Virgilio Antônio Ribeiro de Oliveira (procurador) e Danilo Bernt Trento (empresário), ambos investigados por ligação direta com o golpe.
Trento, inclusive, foi indiciado na CPI da Pandemia, mas nunca chegou a ser efetivamente punido — um fato que levanta questionamentos sobre a eficácia do sistema judiciário brasileiro.
“Careca do INSS” e viagens suspeitas aumentam suspeitas
O esquema também envolve Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como lobista e operador de lavagem de dinheiro, usando empresas de fachada para desviar os valores fraudados.
Segundo fontes, Roters também realizava viagens constantes para Brasília com passagens compradas de última hora — comportamento que chamou a atenção dos investigadores por indicar possíveis encontros com nomes graúdos da política.
População cobra Justiça, mas silêncio das instituições gera revolta
Nas redes sociais, a revolta foi imediata. Muitos questionam se o caso será realmente levado adiante ou se, como tantos outros, cairá no esquecimento.
“Se fosse um cidadão comum, já estaria preso. Mas como envolve gente ligada a órgãos federais, o silêncio é total”, criticou uma internauta no X (antigo Twitter).
Enquanto isso, os mais de 3,7 mil aposentados lesados seguem aguardando ressarcimento, sem apoio jurídico, sem transparência e sem resposta do governo.
Onde estão os defensores da “justiça social”?
O caso reacende o debate sobre o descontrole no INSS, a impunidade dentro das instituições federais e a falta de fiscalização real sobre organizações que se dizem “em defesa dos direitos sociais”. Internautas questionam: onde estão os movimentos que dizem proteger os mais pobres agora?
O abismo entre o discurso e a realidade se aprofunda, enquanto a confiança da população no sistema público desmorona.
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